DROGAS VOCÊ PRECISA EVITAR!
 Desde os 
tempos imemoriais o ser humano tem recorrido ao uso de drogas para 
escapar da realidade e viver um mundo de fantasia. É extremamente 
chocante constatar que grandes celebridades do esporte,
 das artes e de outras profissões utilizam-se de drogas para conseguir 
alcançar níveis de satisfação e produtividade nas suas áreas de atuação.
  O consumo de drogas ilícitas vem aumentando substancialmente 
tornando-se um pesadelo para a humanidade afetando o relacionamento no 
âmbito familiar e provocando repercussões sociais e na saúde dos 
indivíduos.
 As drogas podem atuar de diferentes maneiras 
interferindo no comportamento do individuo; podendo ser alinhadas em 
estimuladoras, perturbadoras e depressoras.
 
 As drogas 
estimulantes aumentam a atividade do cérebro tornando os usuários mais 
excitados de com maior capacidade de resistir ao sono.  São muito 
utilizadas em baladas, nas vésperas de provas de avaliação, etc. As mais
 comuns são a nicotina, cafeína, cocaína e anfetamina.
 As drogas 
perturbadoras modificam a percepção do cérebro, condicionando o 
aparecimento de alucinações e distorções de imagens.  Fazem parte desse 
grupo a maconha, LSD-25, Santo Daime, cogumelo, cacto, etc.
 As 
drogas depressoras determinam queda de atividade cerebral tornando as 
pessoas alienadas, desmotivadas e hipoativas. O álcool, inalantes, 
solventes, ansiolíticos, barbitúricos, ópio, morfina, codeína, heroína, 
etc constituem esse extenso grupo.
 Outras drogas estão disponíveis 
para o consumo, como o ecstasy, o crack, o narguile, GHB 
(gamahidroxibutirato, Special K (cetamina), etc e infelizmente o seu uso
 está se disseminando nas mais diferentes camadas sociais da população.
 Além dos efeitos maléficos sobre a saúde do usuário, afetando o corpo e
 a mente, essas drogas também prejudicam a fertilidade masculina e 
feminina. Além do mais existe uma associação das drogas com doenças 
sexualmente transmissíveis tornando o casal mais suscetível a distúrbios
 relacionados à obtenção e evolução saudável da gravidez.
 As drogas 
agem de maneiras diferentes para perturbar a fertilidade tanto do homem 
como da mulher.  Algumas delas foram melhor estudadas e pode-se divulgar
 as avaliações cientificas sobre as mais usadas atualmente.
 Maconha:
 também chamada marijuana, é a droga recreativa mais utilizada em todo o
 mundo. Estima-se que os indivíduos comecem a usá-la na adolescência, 
constituindo o maior grupo entre 16 a 24 anos. No entanto a sua 
utilização se estende até a 6ª década da vida, demonstrando o alto poder
 de dependência que a droga condiciona ao usuário.  O principio ativo é o
 THC (tetrahidrocannabinol).  A sua introdução a partir da adolescência,
 após seis meses de uso, com freqüência de 4 vezes por semana, pode 
determinar queda da concentração e motilidade dos espermatozóides. 
Existe também um declínio de formas normais de espermatozóides, havendo o
 risco de lesão do seu DNA danificando os cromossomos. Pode ocorrer 
também queda dos níveis de testosterona, com conseqüências adversas 
sobre o interesse sexual, e ainda a presença de agentes inflamatórios no
 trato genital. Na mulher as repercussões se instalam na função 
ovulatória, determinando alterações do ciclo menstrual e dificuldade 
para ovular.
 O haxixe é derivado da maconha, sendo feito a partir da
 sua resina, sendo ainda mais potente que a fonte original.  Com 
freqüência causa dependência psicológica e repercussões sobre a 
fertilidade.
 Cocaína: Estima-se que esse psicotrópico seja a segunda
 droga mais utilizada no mundo.  Age principalmente no sistema nervoso 
central, causando dependência psicológica, induzindo o individuo ao 
consumo compulsivo. As principais vias de consumo são: inalação, 
absorção pelas mucosas (gengivas), intra-venosa.  No inicio exalta o 
desempenho do individuo dando-lhe um bem estar incrível, porém com o 
passar do tempo podem ocorrer efeitos indesejáveis, como agressividade, 
irritabilidade, falta de concentração, alucinações, etc. No que tange à 
fertilidade o homem é acometido com queda do nº de espermatozóides, 
alterações de morfologia, aumento de leucócitos no sêmen e diminuição do
 desejo sexual.  Na mulher podem aparecer alterações hormonais (aumento 
da prolactina) desencadeando problemas com a ovulação.
 Heroína e 
opiáceos: São derivados de uma planta denominada papoula.  Causa 
dependência psicológica e física, sendo uma das drogas mais prejudiciais
 para a saúde.  É consumida sob a forma de um pó branco-amarelado, 
através da via nasal (aspiração), fumada e intra-venosa.  Os usuários 
ficam eufóricos sentindo-se super-heróis. Os efeitos indesejáveis são 
náuseas, vômitos, ansiedade, sonolência, lentidão dos reflexos. Após um 
tempo de uso pode ocorrer alterações seminais prejudicando o número, a 
motilidade e a morfologia dos espermatozóides.  Na mulher ocorrem 
perturbações do ciclo ovulatório gerando infertilidade ainda queda da 
libido.
 Ecstasy: Pode ser usado como tratamento psiquiátrico em 
quadros selecionados, sendo derivado da anfetamina. Produz inicialmente 
sensação de prazer, euforia, leveza, alegria e sensação de poder seguido
 depois de comportamento agressivo.  É relativamente nova sendo 
consumida principalmente em casas noturnas, levando a dependência física
 e psicológica.  Afeta a fertilidade do homem diminuindo a libido e a 
qualidade do sêmen.  Na mulher pode levar a perturbações do ciclo 
menstrual e diminuir a reserva de óvulos.
 Drogas lícitas e 
infertilidade: Existem duas drogas incorporadas aos hábitos e 
comportamento do individuo que comprovadamente causam malefícios à 
saúde. Embora consideradas lícitas podem determinar ao longo do tempo 
danos consideráveis ao ser humano. A iniciação ao vicio pode iniciar-se 
desde a adolescência e levar a repercussões negativas sobre vários 
sistemas e órgãos do organismo. Estamos nos referindo ao tabaco e ao 
álcool que compõem um grupo de drogas denominadas recreativas.
 
Tabaco: Apesar das campanhas publicitárias desencorajando o seu uso 
estima-se que no Brasil haja 33,8% de usuários na população masculina e 
29,3% das mulheres; sem levar em conta um enorme contingente de fumantes
 passivos. – O tabaco contém 4.000 substancias tóxicas, sendo que 60 
delas são cancerígenas. Os efeitos desastrosos sobre o sistema pulmonar 
(câncer e enfisema), urinário (câncer de bexiga e próstata), vascular, 
ósseo, etc são bastante conhecidos e têm causado grande impacto sobre a 
política de saúde.  Atualmente a tributação de impostos governamentais 
sobre o cigarro chega a 70%, porém isso não tem sido suficiente para 
frear o seu uso.
 A fertilidade do homem e da mulher é afetada de 
forma sorrateira em decorrência da ação tóxica das inúmeras substâncias 
que integram o tabaco, que são geradoras de radicais livres. A mulher 
fumante pode ter dificuldade para engravidar, interrupção da gravidez, 
retardo de crescimento fetal intra-uterino e recém nascido de baixo 
peso. Além disso o seu patrimônio de óvulos é reduzido dramaticamente em
 decorrência da ação tóxica das substancias do tabaco e a diminuição do 
fluxo sanguíneo das artérias que irrigam os ovários. A fertilidade 
masculina é afetada devido à ação  deletéria das substâncias tóxicas e 
dos radicais livres produzindo lesões na membrana e no DNA dos 
espermatozóides. Em casos extremos pode ocorrer morte celular (apoptose)
 provocando alterações significativas sobre o patrimônio de 
espermatozóides. Existe ainda repercussões negativas no comportamento 
sexual, sendo a mais freqüente a disfunção de ereção peniana decorrente 
de dificuldade de irrigação vascular.
 Álcool: Apesar de ser uma 
droga lícita, inclusive divulgada com ênfase pelas agências 
publicitárias, o álcool tem efeitos devastadores sobre a saúde do 
individuo e sobre as suas relações sociais e familiares. O mais chocante
 e estarrecedor é que os jovens estão consumindo cada vez mais 
precocemente as bebidas alcoólicas, fazendo parte de um ritual de 
passagem entre a adolescência e a idade adulta. Nos últimos 5 anos os 
números estatísticos revelaram um aumento de 30% de usuários entre os 
jovens de 12 a 17 anos e de 25% entre os jovens de 18 a 24 anos. Na 
década de 70 os jovens começavam a beber ao redor dos 15 anos, sendo que
 nos últimos anos a ingestão se inicia a partir de 12 anos. A cerveja é a
 bebida preferida e mais bem aceita. Segundo a Secretaria Nacional 
Antidrogas (SENAD) os jovens alcoolizados constituem 80% das pessoas que
 morrem em acidentes de trânsito ou homicídios. Vários estudos 
demonstraram que as bebidas alcoólicas, de qualquer natureza podem 
causar efeitos devastadores na saúde do usuário incluindo aumento da 
incidência de câncer das mamas, do aparelho gastrointestinal, cirrose 
hepática, depressão, maior risco de acidentes vasculares no cérebro, 
envelhecimento precoce, etc. Todas essas condições mórbidas podem se 
agravar se houver consumo concomitante de tabaco.
 O consumo 
exagerado e persistente pode levar a repercussões negativas sobre a 
fertilidade masculina e feminina.  No homem podem ocorrer: queda da 
libido e do desempenho sexual, impotência, atrofia das células 
produtoras de testosterona, dificuldade de ereção e alterações da 
qualidade do sêmen.   Na mulher existem várias repercussões 
salientado-se a dificuldade para ovular, distúrbios menstruais, aumento 
do risco de abortamento e possibilidade de mal formação fetal.Até o 
nosso próximo artigo.Continuem enviando seus emails sugerindo temas: 
durvalgoulart@uol.com.br
 *Durval Goulart é Ex-Diretor de Comunicação 
Social da Prefeitura Municipal de Belford Roxo e Juiz de Paz 
Eclesiástico do Conselho Federal de Juizes de Paz Eclesiásticos do 
Brasil.

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