moção de repúdio
contra o parlamentar paulista por causa das declarações públicas dele e
o processo enfrentado no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Considerando o corolário de nossa missão, à luz dos valores que a
inspiram, e as manifestações de diversos segmentos da sociedade
brasileira, expressamos nosso repúdio ao processo que levou à escolha do
Deputado Marco Feliciano (PSC), o qual, por suas declarações públicas,
verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e
preconceituoso contra minorias, pelas quais responde a processos que
tramitam no Supremo Tribunal Federal”, diz o Conic em nota distribuída
neste domingo (10).
O Conic é formado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal
Anglicana do Brasil, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Sirian
Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida. Na nota, as igrejas pedem
mais ética na política e conclamam por “um Congresso Nacional
transparente e com ficha limpa” e pela “reforma política do Estado
brasileiro na busca da ampliação da cidadania”.
Com a possibilidade de Marco Feliciano, que é pastor da Assembleia de
Deus Catedral do Avivamento, assumir a CDH, a reação contrária começou
primeiro nas redes sociais. Depois, entre os próprios membros da
comissão. No Twitter, em 2011, ele chamou negros de “descendentes
amaldiçoados de Noé”. Contra homossexuais, chegou a dizer que “a
podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime,
à rejeição. Amamos os homossexuais, mas abominamos suas práticas
promíscuas”.
Em discurso na Câmara, ele defendeu a limitação de divórcios a um por
pessoa, pois, na avaliação dele, “uma família destruída hoje projeta
sequelas por toda uma geração”. O deputado diz que a resistência ao seu
nome é fruto de perseguição religiosa e de “cristofobia“.
Hoje o jornal Correio Braziliense informou que ele usou o mandato
parlamentar em benefício de suas empresas e das atividades de sua
igreja. Além disso, o deputado é réu por estelionato em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele rejeita a acusação de ser racista e homofóbico.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deve discutir
com colegas deputados a situação da CDH e a possibilidade de troca do
comando do colegiado na segunda-feira (11). Desde a semana passada a
comissão tem gerado noticiário negativo para a Casa com a indicação e
consequente eleição do deputado para presidir o colegiado. Ontem,
centenas de pessoas protestaram contra Feliciano em dez cidades brasileiras.
O
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) pediu neste
domingo (10) o afastamento do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da
Câmara. Em nota, o conjunto de entidades informou ter elaborado uma
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