Álcool é responsável por quase 4% de todos os óbitos no mundo. Entre a classe média, bebida mata mais que obesidade e tabagismo.
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O uso abusivo do álcool mata 2,25 milhões de pessoas por ano (quase 4% de todas as mortes no mundo), sendo que cerca de 320 mil são de jovens com idade entre 15 e 29 anos. Em comparação, drogas ilícitas fazem 250 mil vítimas anualmente, segundo pesquisa recente realizada pela Universidade de South Wales, em Sydney, na Austrália. Isso quer dizer que o álcool é responsável por nove vezes mais mortes do que todas as drogas consumidas no mundo. E não para por aí: na classe média, o álcool é o maior fator de risco para a saúde, pior que a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo.
De acordo com o levantamento mais extenso já feito sobre o assunto nos últimos 7 anos, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool também mata mais do que muitas doenças sérias e transmissíveis, como a aids e a tuberculose. Segundo o órgão, a maior parte das mortes relacionadas ao álcool é causada por ferimentos ocorridos em decorrência do abuso da substância, cirrose e problemas cardíacos.
No Brasil, o consumo de bebidas alcoólicas cresceu nos últimos 5 anos, aumentando o risco de doenças e acidentes, de acordo com o I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado pelo governo federal. Outro estudo, feito a partir da base de dados do Datasus, mostrou que a bebida tirou a vida de 34.573 brasileiros entre 2006 e 2010. De todos os adultos que bebem no País, pelo menos 45% deles tiveram algum problema relacionado ao consumo em excesso.
A OMS elaborou uma série de recomendações para tentar barrar esse aumento da popularidade do álcool, principalmente em países emergentes como o Brasil. Entre os itens listados como essenciais pela organização, estão o aumento de impostos sobre as bebidas, a restrição cada vez maior das vendas e a adoção de programas de prevenção ao alcoolismo.
Segundo pesquisa feita pelo governo federal, de forma geral, os brasileiros apoiam as políticas públicas contra o álcool, tanto aquelas voltadas para a ampliação do tratamento e prevenção, quanto as mais restritivas.FONTE: Folha Universal.
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