O programa Conexão Repórter do SBT, da última quinta-feira (22), fez uma reportagem exclusiva com o pastor Marcos Pereira, líder da Assembleia de Deus
dos Últimos Dias (ADUD) que tem sido acusado de ser, entre outras
coisas, um dos grandes mandantes do crime organizado no Rio de Janeiro.
Roberto Cabrini foi o primeiro jornalista a conseguir juntar todos
os depoimentos, tanto de quem acusa, como do próprio pastor que se
defendeu. Entre os acusadores estava José Júnior, fundador do
AfroReggae, o primeiro a se pronunciar denunciando o pastor que ele
chama de “maior mente criminosa do Rio de Janeiro”.
Quem também está acusando o líder da ADUD é o pastor Rogério Ribeiro
de Menezes que ficou 17 anos no ministério, ficando seis anos sendo um
dos homens de confiança de Marcos Pereira.
O pastor Rogério diz que diversas vezes ele incitou os presos a
fazerem rebelião, pedindo que ele fosse chamado para apaziguar a
situação e assim ganhar destaque. “A minha mente era uma mente
cauterizada”, diz ele quando o repórter questiona se ele não se
manifestava dizendo que o fundador da ADUD estava errado.
A esposa de Rogério Menezes afirma que Marco Pereira teria abusado
sexualmente dela, com lágrimas nos olhos ela relata o acaso para o
repórter que conversou com outras mulheres que também afirmam que eram
obrigadas a participarem de orgias sexuais para não serem expulsas da
igreja.
Roberto Cabrini teve acesso à sede da ADUD para questionar o pastor
Marcos Pereira acerca de todas essas denúncias. Sobre os abusos sexuais
ele afirma que nunca abusou de mulher nenhuma, mas que já foi tentado
“Tentações que qualquer homem natural tem”, diz.
“A minha relação com o crime organizado é ir lá e tirar o
traficante, o homicida e transformar ele”, afirma citando que desde os
anos 90 ele transforma esses traficantes em uma nova criatura.
Marcos Pereira nega todas as acusações e diz que tudo não passa de
uma farsa. Testemunhas presentes confirmam que dentro da sede da ADUD
nunca aconteceu abusos sexuais.
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