Leia com atenção a nota do segmento LGBT do PT e logo após o comentário do Pr. Silas Malafaia:
Nota do setorial nacional LGBT do PT sobre posicionamento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Na última terça-feira, 3 de abril,
o senador petista pelo Rio de Janeiro, companheiro Lindbergh Farias,
fez um aparte ao pronunciamento do representante capixaba naquela Casa,
o pastor fundamentalista e senador Magno Malta (PR).
Magno Malta é um dos maiores ícones
do obscurantismo, tenaz opositor dos direitos humanos, sobretudo dos
direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais).
Em seu pronunciamento, o homofóbico
senador faz novamente ataques contra o movimento pelos direitos humanos
das pessoas LGBT, propagando fantasias como a existência de um “império
homossexual”. Magno Malta também faz a defesa de um dos principais
inimigos da cidadania homossexual, o pastor Silas Malafaia, conhecido
por incitar a homofobia e por se opor ao PLC 122, que criminaliza
práticas discriminatórias contra LGBT.
Para a perplexidade da militância
petista e de todo o movimento social LGBT brasileiro, assistimos ao
senador Lindbergh Farias, do PT, possuidor de uma bela trajetória de
esquerda, de defesa da juventude, da população negra, dos pobres, se
somar a Magno Malta na defesa de Silas Malafaia.
Silas Malafaia está sendo
processado pelo Ministério Público Federal por incitar o ódio e a
violência contra os homossexuais. Em seu programa semanal, esse pastor
obscurantista tem se destacado por sua pregação intolerante contra a
população LGBT. É uma prática recorrente.
É preciso acrescentar que Malafaia
ameaçou verbalmente e está processando o presidente da maior associação
de defesa dos direitos LGBT do Brasil, Toni Reis, da ABGLT. Esse líder
cristão fundamentalista é um cancro incrustado na democracia
brasileira. A luta de diversos setores dos movimentos sociais é para
impedir que Malafaia siga propagando seus conceitos discriminatórios em
emissoras de televisão, que são concessões públicas.
A fala do companheiro Lindbergh se
torna ainda mais grave por ignorar e desconsiderar o cerne do debate
sobre o PLC 122, que é a interdição dos discursos que incitam a
violência utilizando-se do pretexto da liberdade religiosa.
Esquece-se o senador Lindbergh que
a liberdade de expressão e a liberdade religiosa não estão acima do
princípio da igualdade, da dignidade e da não-discriminação. Mais
ainda, discursos de ódio não estão sob a proteção da liberdade
religiosa ou da liberdade de expressão. Tanto assim, que, no Brasil, o
racismo e o anti-semitismo, por exemplo, são crimes.
O velho Marx nos ensinou que as
ideias se tornam força material quando penetram nas massas. Discursos
homofóbicos de pastores e padres, difundidos nos meios de comunicação
de massa armam as mãos que, na sequência, vão agredir e matar milhares
de homossexuais e pessoas trans em todo o Brasil, cotidianamente.
O Partido dos Trabalhadores tem
resolução Congressual de apoio à criminalização da homofobia e ao
casamento civil de homossexuais. A senadora Marta Suplicy (PT-SP),
vice-presidente do Senado, é relatora do PLC 122, e convocou audiência
pública para o próximo dia 15 de maio, justamente para tentar avançar,
mais uma vez, na aprovação da criminalização da homofobia. Marta segue
as diretrizes do PT. Lindbergh Farias, ao defender o homofóbico Silas
Malafaia, se afasta enormemente das posições do nosso Partido.
Importante ressaltar que o Rio de
Janeiro é vanguarda no debate e garantia dos direitos LGBT, pois é o
estado com mais políticas públicas e maior orçamento para as ações de
combate à homofobia. O governador Sérgio Cabral (PMDB) é um dos maiores
aliados da cidadania LGBT no Brasil. O prefeito Eduardo Paes (PMDB)
também executa políticas de promoção da cidadania dessa população.
Além disso, Jean Willys (PSOL), o
primeiro parlamentar gay defensor da causa é também representante do
Rio. Infelizmente, Malafaia, Garotinho e Bolsonaro também fazem
carreira política nesse estado.
Esperamos, sinceramente, que o
senador Lindbergh Farias não tenha resolvido se perfilar com o segundo
grupo de políticos fluminenses, os inimigos dos direitos humanos e da
cidadania LGBT. Não há cálculo político ou eleitoral que justifique
essa ruptura com os princípios do PT e com a própria trajetória do
senador.
Apelamos para que o companheiro
Lindbergh Farias se debruce um pouco mais sobre as posições do Malafaia
– incompatíveis com o Estado democrático de direito – e cesse a sua
defesa desse senhor, inimigo dos direitos humanos e da população LGBT.
São Paulo, 4 de abril de 2012.
Julian Rodrigues - Coordenador nacional setorial LGBT do PT
Pr.Silas comenta:
Esta nota é uma prova insofismável, irrefutável, de quem são os verdadeiros intolerantes:
1- Ao ver as palavras de Lindbergh,
você pode observar a coerência, o equilíbrio do senador Lindbergh em me
defender. Em todo instante, de maneira bem clara, ele diz que não apóia
violência contra gays, mas, de maneira justa, me defende desta armação
dos ativistas gays.
2. Os ativistas gays querem
liberdade para xingar e ofender quem eles bem entendem, como fizeram
nesta nota ao chamar a mim e o senador Magno Malta de homofóbicos e
intolerantes. Como todos sabem, homofobia é uma doença classificada na
psiquiatria. Isto é uma ofensa! Agora, se qualquer um chamar os
homossexuais de doentes, eles querem processar. Mais uma vez para
provar a calúnia e a mentira destes ativistas é que eu desafio esse
medíocre – que escreveu a nota do PT – a mostrar qual o dia que eu
mandei bater em homossexual? Qual o homossexual que entrou em minha
igreja e foi agredido? A verdade é que eles querem me calar, mas maior
é o que está comigo do que o que está com eles.
3- O PLC 122 é uma afronta à
Constituição, fazendo dos homossexuais um grupo social acima dos
demais, para eles terem o direito de processar qualquer um a partir dos
que eles julgam ser uma ofensa de caráter filosófico, ideológico ou
psicológico. É isto que está no PLC 122. Um absurdo! Uma aberração
jurídica!
4- A piada desta nota escrita por
este cara de pau do PT, é que os ativistas gays querem comparar o
comportamento homossexual à raça. Porque ser negro, branco, amarelo,
índio etc… não é uma questão de opção, a pessoa nasce. HOMOSSEXUALISMO É UM COMPORTAMENTO, COMO OUTROS TANTOS COMPORTAMENTOS DO SER HUMANO. NINGUÉM NASCE HOMOSSEXUAL.
5- O que o povo evangélico e a
liderança evangélica precisam saber é, como já acontece no Canadá,
Inglaterra, e outros países, é proibido pregar contra a prática
homossexual e dizer que é pecado. Querem calar a Igreja e colocar
pastores na cadeia. Eu não estou nesta luta por interesses mesquinhos
ou políticos, mas sim em defesa dos nossos princípios e também dos
direitos constitucionais. POVO DE DEUS, LIDERANÇA EVANGÉLICA, ACORDEM!!!
6- Por favor, enviem e-mails ao senador Lindbergh se solidarizando com sua postura justa e democrática: lindbergh.farias@senador.gov.br